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- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2009-12-30 | [This text should be read in portugues] |
O CONTO DOS CÂNTICOS I
Antonio Carlos Duques – Madrugada de 22 de maio de 2007 Procuro a Menina a quem amo, Pois que vem o tempo da canção. Onde estás minha menina, seios de gema, Comi todos os bolos de uva-passa, Reforcei-me com todas as maçãs. O inverno se foi e continuo doente de amor, Quero-te as aberturas! Não é tempo de flores? Mas eis que não prenderam as raposas, Pequenas e grandes raposas invadem todas as vinhas, Seus olhos e ouvidos em todos os espaços, Vigiam meus passos, mapeiam meus caminhos, Terão roubado o leite e o mel, Por baixo da tua língua? Pois tudo sabe a enxofre. Blindaram as aberturas! Todas elas! Tempos de espada! Procuro-te nas praças, bares, estações, Mensageiros digitais, celulares, moleques de recados, Anúncios de jornais, exauro-me no megafone, Camaradas estão atentos a fazer-me ouvir tua voz. Pois são tão belos teus pés, não deixam marcas, Um só dos teus olhos me enlouquece, quero-te as vinhas, Dos lábios, do sexo! Não é tempo de primavera hoteleira? Eis que as raposas presidem os Rios, as Grandes Águas, Montanhas, matas, vinhas, em mãos de comparsas. Nossos umbigos são taças de seus venenos, A Morte aprisiona o Amor, olhem as águas! Camaradas estão atentos a calar até aos ventos, Sou a seus olhos como quem prepara a guerra, Eu doente de amor pela menina. As raposas, pelo sangue da terra. O CONTO DOS CÂNTICOS II Antonio Carlos Duques. Madrugada de 08.06.07 Encontrei a Menina a quem amo, Cruzei todos os montes, as vinhas, as cartas de marear, Morreram as incertezas do passado, Sua face é lingote de ouro fino, Seus cabelos, cachos de palmeiras, Suas palavras, doçuras desejáveis, Ventos dos oceanos cantaram nossos abraços. Conciliábulos de raposas arderam em desânimos, Foi-se o inverno e a chuva, abriram-se todos os ferrolhos, Todos os venenos se desfazem em seus gestos, Suas coxas, canteiros de bálsamos, escudam a terra, Águas de lágrimas e do sexo a lavar os Rios e Grandes Águas, Mirra e incenso de seus beijos libertam o sangue dos mundos, Encantos de lírios a perfumar todas as espadas! Camaradas trouxeram-me a sua voz e presença, Como são lindas as carícias dos seus passos ao vir, Sombras fugazes fogem dos seus risos, é meio-dia, São como cepas de flor a derramar perfumes, Nossos jardins e vinhas têm alentos de paixão, O Amor venceu a Morte, agora tudo é Luz, Como és bela minha Menina, como és bela! Já não preparo a guerra, seus seios são vitórias, Bebo meu vinho com leite saudando auroras, Pactos e juras sem fim, feitiços de Menina, Quebram-se algemas de rosada adolescência, Nossos corações são tendas e abrigos, Desejos são sóis e luas a povoar sonhos, te guardo! Todos os leitos nos esperam, vem, me guarda!
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